segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O Pai Natal não vem só com renas, e o Natal nem sempre é como nós Pensamos e Queremos que seja…

Para falar do Natal, não existem segredos, basta olhar para dentro de nós mesmos. No Natal, estamos propícios a amar mais, ser mais carinhosos, ser mais solidários. É o que nos envolve, este Espírito Natalício. Mas vejamos o mundo num foco mais nítido – isso ocorre somente nesta época do ano. O nascimento de Jesus Cristo tem o poder de causar essa transformação em nós. Época em que surgem milhares de voluntários, pessoas fazendo seus donativos, pessoas se abraçando, trocando calor humano com seus entes queridos. Eu vejo muita gente se engrandecer diante desse espírito, mas eu somente tenho a perguntar: - Por quê?
Porque essas coisas só ocorrem no mês de Dezembro? Será um mês sagrado? Será que é tão difícil ser assim o ano inteiro? Todos os dias de nossas vidas, nós devemos amar uns aos outros, respeitar uns aos outros, sermos solidários. O mundo não funciona somente no Natal, as crianças não necessitam de carinho, apenas no Natal, os necessitados, não passam fome, não sentem frio apenas no Natal. Eu quero olhar o Mundo e poder ver isso todos os dias.

O Natal não e só para os bairros ricos, mas também para os bairros pobres, e eu me pergunto: Será que ninguém vê isso?

Parece que não, mas gostaria que todos tivéssemos um Natal igual com alegria, comida e muitas prendas, porque ao fim ao cabo o Natal e de todos e não só daqueles que tem capital para faze-lo. Dêem-nos um Feliz Natal, porque nós também merecemos.Se Deus me concedesse só um desejo nesta quadra natalícia, desejaria que nascesse um Jesus Cristo todos os dias
Alexandre Figueiredo

terça-feira, 30 de setembro de 2008

O Boa Onda

O "Boa Onda" é um pequeno espaço com uma Grande Alma...

Estando do lado de fora, observando...muitas vezes me pergunto o que será destas crianças sem este projecto...

O que sera delas? Que dia-a-dia enchem o seu olhar ternurento de esperança em convivio... o que será?

Contudo, a verdade é que, enquanto este projecto existir, o sorriso destas crianças poderás sentir....

Selma Correia

sexta-feira, 20 de junho de 2008

O Que Pensam os Nossos Jovens?

O que o meu bairro tem de mal 2 cenas: pobreza e má fama.

Porque nem todos nascem em berços dourados, aqui sim existe muitas pessoas com dificuldades financeiras, que nem o trabalho permite lucrar, depois o país que nos também que estamos é uma vergonha, por que quando falam de Portugal só mostram o lado bom, e não o lado mau como a pobreza, ex.: os bairros de Portugal, aqui a má fama na abelheira é tão falada tanto como se mastiga pastinhas, as pessoas de fora, falam muito mal de nós mas eu acho que ninguém tem culpa da vida que tem, os dos problemas que cá surgem, ou das confusões, porque esses indivíduos que falam mal nunca saberão o que é ser pobre, o nunca conhecer os pais quando se é pequeno, são factos que perturbam e influenciam muitos comportamentos de certas pessoas.

As alterações que fazia no meu bairro eram:

Ajudar as pessoas que mais precisam;
Fazer com que fossemos todos mais unidos;
Preencher o tempo dos mais pequenos com vários projectos para que não tenham infâncias infelizes.

As mudanças que o Boa Onda trouxe ao bairro foram muitas:

O Boa Onda mudou por completo o nosso bairro para melhor, com muito empenho, esforço e sacrifício tem feito um trabalho excelente, ao ajudar os que mais precisam em termos de trabalho, estudos, diversão tudo que possam imaginar. É um bom projecto e muito útil para mostrar que o nosso bairro não é o péssimo que todos dizem e pensam, temos que agradecer aos professores que cá estão connosco, não sei se fazem isso por amor, ou se por dinheiro mas na mesma deve ser valorizado, porque é um bom gesto por parte dos professores, sem querer desvalorizar os outros, a uma pessoa que eu sinto que faz mesmo muito por nos e que lhe ficaremos internamente gratos por tudo, que consegue por um sorriso na cara das crianças, jovens e adultos. Essa pessoa é nada menos nada mais a Prof. Adelaide com um coração grande e um espírito rico, e uma personalidade muito fixe e única.
Para mim o Boa Onda não é o projecto, para o Boa Onda são os professores que fazem isto andar para frente.


As pessoas relacionadas com o Bairro que estão na ribalta são:

Não digo duas porque de momento não existe, mas que sabe a um dia, sim porque nos temos jovens promessa do futebol, temos miúdos com classe para isso.
Mas existe uma pessoa que esta no seu melhor, e que tenho admirado com muita sinceridade o Dino penso que todos o conhecem, ele é cantor e vive nosso bairro o irmão do Elisio e digo já canta muito bem mesmo, como chegou lá foi difícil penso eu, mas com calma lá chegou porque aos poucos começou a ganhar popularidade, através do programa que a RTP 1 exibia para Portugal Operação Triunfo, e com os cantores mais conhecidos de Portugal com por exemplo: expensive soul, sam the kid etc. A dificuldade do jovem cantor foi adaptar-se ao nosso pais Portugal que hoje é a sua humilde casa, ele sim penso que é um exemplo a seguir para quem gosta de música.

Conheço muitas pessoas que poderiam ser alguém:

Mas recuso-me a comentar, porque são problemas pessoais, mas uma coisa garanto, gostava muito de ter a oportunidade dessas pessoas.
Sérgio Brito

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Uma Imaginação Bem Real.

“Cheguei ao fundo do poço”

Hoje, posso dizer que sinto orgulho de mim, da minha força interior, do que sei que sou capaz de fazer. Mas nem sempre foi assim. Cresci abandonada, sem apoio, nem família, num meio de carências.

Ainda na pré adolescência, comecei a andar em más companhias.
As noitadas não eram controladas por ninguém. E dai ao primeiro contacto com as drogas foi um pequeno passo.

Experimentei quase tudo. Como não trabalhava, não tinha dinheiro para as drogas e tinha de vir de algum sítio, comecei a roubar.
Lutei muito até que, um dia, fui apanhada no meio de uma rua. Uma bala perdida da polícia acabou por matar um dos rapazes do meu grupo.
Aquela morte “em directo” foi demasiado chocante.
Lembro-me de ter um momento de clarividência e pensar.

O que é que estou a fazer aqui? É assim que eu quero acabar? Escapei daquela situação e jurei que me iria recompor. Não foi fácil, mas tive sorte de encontrar quem me ajudasse.

Lutei, lutei muito, mas hoje, tenho uma vida normal, e posso orgulhar-me de tê-la construído com o suor do meu trabalho e dos meus sonhos. Fui ao fundo do poço, mas saí dele. Graças à minha força de esperança.
Sintia Santos - 14 Anos

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Tudo começou quando resolvi fazer uma visitinha á sede do Boa Onda.
O nosso monitor Sérgio que gosta muito de brincar connosco resolveu começar a tirar fotos a mim e a uma amiga, a Soraia, nós estávamos completamente desprevenidas. Qual não foi a minha surpresa quando um certo dia ao sair de casa vejo uma dessas fotos num cartaz enorme a anunciar o projecto, pendurado no campo de futebol da abelheira. Fiquei mesmo surpreendida, era algo que não estava mesmo nada á espera! Relatei o facto á minha família e a alguns amigos cuja reacção foi começar a rir do meu nervosismo… Sei que não era razão para tal mas não estou habituada a ter a minha cara espalhada por Quarteira! Sim!!! Porque o cartaz não estava apenas afixado no Bairro da Abelheira mas também perto da rodoviária, na entrada de Quarteira e na Praça do Mar!
Certa vez quando cheguei á escola, e quando me aproximei da minha turma começaram a bater palmas e não percebi o porquê. Foi então que fui abordada com a pergunta: Então agora és famosa? Foi ai que entendi do que se tratava… A turma e mais algumas pessoas da escola já estavam a par do cartaz! Uma situação engraçada foi quando passei pela tenda do Boa Onda situada na Praça do Mar na qual estava afixado um dos cartazes e um senhor que por ali passava e reparou que estava frente a frente com uma das caras do cartaz e não parava de me olhar com surpresa!
Um dos comentários com que me abordaram foi “Como és capaz de aparecer numa cena dessas? Dum bairro de pretos?”, foi exactamente assim que o disseram e aqui está a minha resposta a este comentário e a muitos outros que já ouvi e me calei: Tenho muito orgulho em pertencer a este projecto, e muito orgulho de morar onde moro, e isto não é um lugar de “pretos” como dizem, é um lugar onde vivem pessoas de várias raças, é verdade, mas todas elas lutam por uma vida melhor, por um sitio melhor e é o que o Boa Onda nos veio ajudar, a fazer do Bairro da Abelheira, um bairro onde todos temos a oportunidade de lutar pelos nossos sonhos e que independentemente da cor, raça, onde todos temos os mesmos direitos!
Eu acredito! E você acredita?
Milene - Quarteira

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

A maior riquesa é a saude , o civismo, a humildade e a bondade e honestidade. Podemos ter dinheiro a rodos mas sem esses valores seremos sempre pobres.
Carlos Bernardo - Quarteira

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Não é o ter tudo que nos prepara para a vida, mas o termos que improvisar e dar valor a pequenas mas muito importantes coisas, que nos transmitem inteligência e os valores da amizade e inter ajuda.

Carlos Bernardo - Quarteira

domingo, 29 de julho de 2007

Não Aponte o Dedo, Apenas… Ajude.

Para conhecer melhor as crianças do bairro, criamos uma pequena actividade que consistia no seguinte, nós começávamos as frases e eles terminavam, três simples frases: O meu sonho é… O meu ídolo é… Eu gostava de ….

Das mais variadas respostas, a que mais me comoveu, quase chorei, (e eu nunca choro nos filmes tristes), foi a resposta de um miúdo com 7 anos aqui do bairro da abelheira, o Bráulio, o sonho dele é o que eu considero um sonho normal, numa criança, O meu sonho é “Jogar Futebol, porque é bom, para ser um grande jogador de Futebol como o Cristiano Ronaldo”, a pensar nesse sonho geral, já temos a ideia de criar a Escolinha de Futebol – A Abelhinha, o tempo e os recursos o dirão.

A resposta seguinte o meu ídolo é “o meu irmão Serginho, porque joga bem à bola, ele faz-me o leite e dá-me atenção”, a resposta já me deixou um bocadinho comovido, porque as crianças normalmente têm ídolos que são conhecidos, que aparecem na TV, este menino reconhece o que o irmão faz por ele.

Quando li a terceira parte, fiquei sem saber o que pensar, o que fazer numa situação destas, Eu gostava de SER RICO PARA COMPRAR UMA PLAYSTATION”, normalmente as crianças dizem apenas que gostavam de ter uma playstation, ou um jogo, quando um miúdo de 7 anos nos diz que gostava de ser rico para poder comprar uma consola, já tem a percepção de que o dinheiro é algo que é muito difícil de conseguir, que os amigos na escola têm uma, já jogaram, têm conversas sobre o qual ele não pode ter, fica excluído.

Eu nesta idade, nem sabia o que era dinheiro, não tinha tantas dificuldades, a altura era outra, não éramos obrigados a consumir tanta tecnologia, ninguém andava de telemóvel, nem com PSP no bolso, nas nossas conversas não incluíamos os jogos, a Internet nem o computador, a realidade era diferente do que é hoje.

À medida que vou conhecendo esta comunidade, vou percebendo que a realidade é bem diferente do que eu imaginava, que não é por apontar o dedo, sentados no nosso sofá que as coisas mudam, mas sim, fazer um trabalho de campo onde no dia à dia vamos dando hipóteses a novas dificuldades que vão aparecendo, temos que dar a estas crianças o mesmo direito de crescer e ter o que um lar normal tem, por exemplo se tivermos uma consola na sede, essa consola, vai servir 100 jovens, vai oferecer o mesmo nível de desenvolvimento que qualquer outra criança, vai fazer com que eles sonhem com outras coisas, que não se preocupem com o dinheiro, que não se desmotivem com a escola só porque pensam que nunca irão ter condições de ter uma vida mais à vontade.

Já Pensou nisso?

O caminho é longo, e está no presente, e se um miúdo que tem 7 anos já pensa numa consola, agora imaginem este miúdo que vai levar dos 7 aos 15 e 16 anos, sem conseguir comprar, a questionar e a querer ter uma consola e sem dinheiro para ter uma, qual será a maneira de conseguir, será que não irá cometer um erro?

Não podemos apontar o dedo a todos, o bairro não tem culpa, aqui existem pessoas sãs, pessoas doentes, mais ricas, menos ricas, boas, menos boas, idosos, adultos, jovens, crianças, bebés, conheci também uma família que tem uma educação que eu achei perfeita, como pai, não sei se irei conseguir dar uma educação idêntica aos meus filhos. Existem meninos que agora estão a crescer, que têm os mesmos sonhos que todos os outros, mas com uma realidade, com 6 anos já sabem dar o valor ao dinheiro, sabem que o dinheiro faz falta.

Não podemos ficar impávidos e apontar o dedo como se já pertencesse a algo que já está perdido.

Lembra-se daquele jogo que está esquecido no armário e já não vai jogar?

Será que ajudar é assim tão difícil?

Sérgio Miguel – Formador de Informática

(2 filhos)

quarta-feira, 25 de julho de 2007



SIM E BEM HAJA A TODOS OS Q PARTICIPAM NUMA CAUSA TÃO JUSTA! NÃO ESTAMOS CÁ POR ACASO, E NÃO DEVEMOS VIVER A VIDA SÓ A OLHAR PARA O NOSSO UMBIGO.
...HÁ Q DIVIDIR E TRANSMITIR O Q SOMOS COMO PESSOAS, POIS ANDAMOS NESTE CRESCIMENTO HÁ MUITO...PARA QUEM ACREDITA PODE-SE DIZER Q HÁ MILHARES DE ANOS. SOMOS PESSOAS EM DESENVOLVIMENTO, E NADA SE PERDE, NO UNIVERSO!...



Dora - Cabanas de Tavira

terça-feira, 24 de julho de 2007

“Recorde-se dos Três “R”:
Respeito por si mesmo, respeito pelos outros, responsabilidade pelos seus actos.”


Dora - Cabanas de Tavira
“Podemos sempre ser RICOS em generosidade, alegria, educação”

Adelaide Correia - Coordenadora Boa Onda
“Ser pobre por opção é bastante diferente de ser pobre por condição”
Jovens do Bairro da Abelheira - Quarteira
“Altos, baixos, gordos, magros, ricos, pobres, pretos ou brancos, todos diferentes…mas todos PESSOAS!!”

Jovens do Bairro da Abelheira - Quarteira

"Essencialmente um desafio baseado numa convicção: Todos os seres HUMANOS são IGUAIS e devem ter Igualdade de OPORTUNIDADES"


Adelaide Correia - Coordenadora Boa Onda
"E se amanhã acordar Verde, Azul, Preto ou Roxo, FAZIA DIFERENÇA?!"

Jovens do Bairro da Abelheira - Quarteira

O Primeiro Texto No Blogar Na Abelheira.


"Muitas pessoas falam mal do sitio onde eu moro, mas digo-vos já, melhor sitio para viver n tem. Muitos dizem ai abelheira isto, ai abelheira aquilo mas depois vejo-lhes a sair de casa de um amigo meu para casa de outro eheheh.Epa sei que moro no paraíso e dali nunca hei-de sair, por isso vocês que dizem que a abelheira e ma e só ladroes, nada disso existe e só pessoas fixes e de bem e todos unidos em família desde o bairro dos pescadores que foi o nosso primeiro bairro, o nosso primeiro ponto de encontro. Já n digo mais nada…"


Alexandre Figueiredo - Quarteira